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Crédito sobe. Inadimplência também
De acordo com o Banco Central, as operações de financiamento subiram 1,3% de março para abril. O total já equivale a 46,6% do PIB do País.
O crédito na economia brasileira avançou 1,3% em abril ante março, atingindo um total de R$ 1,776 trilhão, informou ontem o Banco Central (BC). O resultado equivale a 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em março, o total de crédito equivalia 46,5% do PIB. O ritmo de crescimento em abril é maior que o verificado em março, quando o saldo das operações de crédito do sistema financeiro subiu 1% em comparação com fevereiro.
De acordo com os dados do BC, nos 12 meses encerrados em abril a expansão do crédito já soma 21%. Nos últimos três meses, o crescimento foi de 3,7% e, no acumulado de 2011 até abril, a alta é de 4,1% .
Pelos dados do BC, o chamado crédito livre – aquele feito com recursos que os bancos podem usar como quiserem – registrou aumento de 1,4% no estoque das operações em abril, em comparação com março. Já o estoque dos recursos direcionados apresentou alta de 1% no mesmo período.
Inadimplência – A inadimplência das operações de crédito com recursos livres subiu de 4,7% em março para 4,9% em abril, de acordo com os números do BC. Para a pessoa física, o índice de inadimplência passou de 6% para 6,1%. No caso das empresas, houve alta de 3,6% para 3,7%. No acumulado do ano, a inadimplência do crédito livre subiu em média 0,4 ponto percentual, mesmo índice da pessoa física. Para a pessoa jurídica, a alta é de 0,2 ponto percentual no ano.
O prazo médio das operações no crédito livre subiu um dia de março para abril, passando agora para 476 dias corridos. No acumulado do ano, porém, o indicador está estável. O prazo médio de operações da pessoa física caiu um dia, para 567 dias corridos, enquanto para as empresas subiu quatro dias, para 392 dias corridos. No ano, o prazo médio para pessoa física registra alta de cinco dias e, para pessoa jurídica, queda de sete dias.
Juros – A taxa de juros das operações de crédito livre subiu de 39% em março para 39,8% em abril. Até o mês passado, os juros dos financiamentos subiram 4,8 pontos percentuais no acumulado do ano e, nos últimos 12 meses, o aumento soma 5,5 pontos percentuais.
Nas operações de pessoa jurídica a taxa caiu, passando de 31,3% em março para 31% em abril. Para as pessoas físicas, os financiamentos estão com custos maiores: a taxa subiu de 45% para 46,8%. Enquanto a taxa dos empréstimos para empresas no acumulado do ano até o mês passado subiu 3,1 pontos percentuais, o encargo para pessoa física registrou crescimento duas vezes maior, de 6,2 pontos.
Já o spread médio das operações de crédito livre subiu de 26,8 pontos percentuais em março, para 27,7 pontos percentuais em abril. O spread representa a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada de consumidores e empresas. Em 2011, até o mês passado, o crescimento do spread é de 4,2%.
Moderação – O chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Túlio Maciel, avaliou que o crédito na economia brasileira em abril apresentou um crescimento "em ritmo moderado", que é a tendência observada desde o início do ano. Segundo ele, esse é um avanço natural que acompanha a expansão da atividade econômica no País.
Maciel disse ainda que a desaceleração do crédito é mais acentuada no segmento direcionado do que no livre, a despeito do vigoroso aumento das operações de crédito imobiliário. Ele observou também o arrefecimento do ritmo de crescimento das operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que, no mês, foi de 0,2% e, no ano, de 1,8%.
Ele avaliou que o crédito no segundo semestre crescerá em ritmo menos acentuado que o mostrado em igual período do ano passado. Com isso, Maciel avaliou que a taxa acumulada em 12 meses, que em abril estava em 21% (ante 20,7% até março), arrefecerá ao longo do ano.
Juros do cheque especial saltam para 178,1% ao ano no mês de abril
Ataxa de juros cobrada pela utilização do cheque especial apresentou expansão de 3,5 ponts percentuais entre os meses de março e abril, de acordo com os dados do Banco Central (BC) divulgados ontem.
A taxa média anual chegou a 178,1% no mês passado, ante 174,6,% de março. Em abril de 2010, o percentual era 16,8 pontos percentuais menor, atingindo 161,3%.
No caso do crédito pessoal – e levando-se em conta as operações consignadas em folha – a taxa é bem menor do que a do cheque especial. Os juros ficaram em 49,9% ao ano em abril, um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação a março e de sete pontos percentuais na comparação com igual mês de 2010.
A taxa de juros para a compra de veículos também apresentou elevação e subiu um ponto percentual de março para abril, ao ficar em 30,9% ao ano. Em abril de 2010, essa taxa estava em 23,5% ao ano. (ABr)para 178,1% ao ano no mês de abril
Ataxa de juros cobrada pela utilização do cheque especial apresentou expansão de 3,5 pontos percentuais entre os meses de março e abril, de acordo com os dados do Banco Central (BC) divulgados ontem.
A taxa média anual chegou a 178,1% no mês passado, ante 174,6,% de março. Em abril de 2010, o percentual era 16,8 pontos percentuais menor, atingindo 161,3%.
No caso do crédito pessoal – e levando-se em conta as operações consignadas em folha – a taxa é bem menor do que a do cheque especial. Os juros ficaram em 49,9% ao ano em abril, um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação a março e de sete pontos percentuais na comparação com igual
mês de 2010.
A taxa de juros para a compra de veículos também apresentou elevação e subiu um ponto percentual de março para abril, ao ficar em 30,9% ao ano.
Em abril de 2010, essa taxa estava em 23,5% ao ano. (ABr)