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Médicos peritos do INSS vão parar

Luciano Pires Insatisfeitos com o texto de uma das medidas provisórias editadas no mês passado que autorizaram aumentos salariais para 54 carreiras do Executivo federal, os médicos peritos da Previdência Social decidiram ontem fazer paralisações programadas todas as quartas-feiras a partir da próxima semana, dia 17. Os atos deverão atingir capitais e grandes cidades do interior do Brasil. Os peritos prometem manter a mobilização até que a MP 441 seja alterada na Câmara dos Deputados e não descartam convocar uma greve por tempo indeterminado. Os profissionais se queixam da inclusão de artigos que, segundo eles, não fizeram parte do acordo assinado com o governo. “Passamos 11 meses negociando. Ficamos esperando a MP e quando ela foi publicada acabou saindo cheia de erros”, disse Luiz Carlos de Teive Argolo, presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos. Em linha com o que fizeram dezenas de outras entidades ligadas ao funcionalismo, a associação dos peritos encaminhou pedidos de emendas aos parlamentares. A categoria quer a eliminação de pelo menos dois itens embutidos na MP. Um deles trata da criação de uma nova carreira, da qual todos os peritos farão parte um dia. Outro artigo condiciona a pontuação recebida pelo médico — para efeito de cálculo da gratificação de desempenho paga pelo governo — ao tempo de espera do cidadão que procura o serviço e ao tamanho da fila de atendimento. A Associação Nacional dos Médicos Peritos informou que existem 5,2 mil peritos espalhados pelo país — responsáveis por cerca de 34 mil perícias diárias. Até o início da noite, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Ministério da Previdência não haviam sido comunicados oficialmente sobre as paralisações semanais.